Moacyr Alves Jr., Presidente da Acigames, cria polêmica ao falar sobre regulamentar o Steam

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Alguns dias atrás noticiei aqui que Moacyr Alves Jr., o principal nome por trás da Acigames e do Jogo Justo, tinha sido nomeado Conselheiro Titular de Jogos Eletrônicos e Conteúdos Digitais do Ministério da Cultura. Inclusive disse que aceitava com otimismo, já que acreditava ser um passo do governo a realmente começar prestar atenção no mercado brasileiro. A reação geral que eu percebi, porém, era de desconfiança, tanto por ser uma medida do governo, como por diversos problemas que as pessoas apontam nas iniciativas realizadas por Moacyr Alves, inclusive muitos acreditam que é apenas uma forma dele se promover.

Foram noticiadas nessa semana declarações de Moacyr que geraram muita polêmica e muita revolta em todos os cantos da internet. Nelas, ele ataca principalmente o Steam e outros métodos de distribuição online de jogos, onde ele diz que a prática é ilegal pois não existe legislação e não pagamos imposto, e que pretende criar uma taxação específica para esse tipo de comércio. Uma afirmação completamente errada, sendo que todos pagamos o IOF toda vez que compramos algo no Steam e, para citar o que disse o gamer Ricardo Pasqual no Twitter: “Lógica do Moacyr: Não existe regulamentação pra plantar bananeira, logo é ilegal plantar bananeira.” As declarações foram feitas em uma entrevista feita pelo programa Checkpoint. Segue abaixo o vídeo (a o bloco em si começa em 11:10, a entrevista aos 12:30 e a declaração polêmica aos 13:50)

Outra declaração foi feita no Facebook:

A ACIGAMES divulgou uma carta aberta, em reposta à repercussão das declarações:

CARTA ABERTA A IMPRENSA, ASSOCIADOS E CONSUMIDORES

SÃO PAULO, 25 DE ABRIL DE 2012.

A ACIGAMES (Associação Comercial, Industrial e Cultural de Games), na figura do seu presidente Moacyr Alves Junior vem manifestar-se publicamente a respeito da polêmica criada sobre sua participação no programa Checkpoint no dia 29 de março de 2012 e também a entrevista concedida a edição de número 33 da Revista Arkade do mesmo mês.

A associação e nenhum de seus membros, associados e parceiros, incluindo o presidente, possui a intenção ou sequer poderes para impor e/ou defender novas taxas ou alíquotas sobre qualquer tipo de produto ou serviço relacionado ao mercado de games nacional perante ao Governo Federal, podendo apenas agir como conselheira, através de estudos, sempre em benefício do nosso mercado e consumidores.

Em nenhum momento durante a entrevista, ficou explícita a intenção ou necessidade de que fosse aplicadas tributações ou penalidades a empresa citada ou ao modelo de negócio, mas sim criar formas de regulamentar a maneira como as mídias digitais são classificadas e distribuídas no Brasil por empresas estrangeiras, afim de criar uma competição saudável promovendo oportunidades para todos, inclusive para a entrada oficial destas empresas em nosso mercado, de acordo o objetivo inicial da criação da ACIGAMES, que é promover a legalidade, classificação, distribuição e desenvolvimento, tendo em vista o crescimento e profissionalização do mercado nacional.

Ressaltamos ainda que todas as ações e projetos da ACIGAMES em prol do mercado brasileiro seguem moldes e exemplos de outras associações que lutam pelo mercado em qual atuam, valorizando seus associados, parceiros e principalmente consumidores.

Mais uma vez reforçamos que a ACIGAMES não tem poder e intenções políticas. Apenas interesse em mostrar ao governo as oportunidades e benefícios que este mercado pode oferecer, sempre vislumbrando o crescimento do mercado, a geração de empregos e a visibilidade dos talentos brasileiros.

A ACIGAMES em nenhum momento foi procurada por estes veículos que tentam difamar o nome da associação e suas ações, para pedir explicações ou mesmo conceder o direito de resposta, impondo suas próprias opiniões, que não refletem a atual realidade.

Moacyr Avelino Alves Junior

Presidente

Segue uma lista de textos muito bons noticiando o assunto:

Finalboss: Acigames, polêmica, impostos e mamilos

KotakuBR: O novo alvo do Jogo Justo é o… Steam? / Carta aberta da Acigames tenta explicar o ‘caso Steam’

E ótimos artigos dissecando ainda mais o assunto:

Mais de oito mil: É maravilhoso! Conselheiro! Plot twist da política de games!

GAMES, BOOZE AND THOUGHTS: Transpirando incoerências

Recomendo fortemente tentarem lerem esses textos, para se informarem melhor sobre o caso. Para mim é muito triste que as poucas iniciativas reais que existem no Brasil levem a coisas como essa.

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Tentei passar as informações da forma mais imparcial possível no momento, pois ao postar aqui no blog de forma ou de outra estou representando o USPGameDev. Mas as declarações realmente me deixaram revoltado, eu que, sinceramente, não tinha nada contra ou a favor ao Moacyr e esperava que, mesmo com seus defeitos, algumas de suas iniciativas provocasse alguma mudança positiva. Infelizmente, agora sinto que isso está ainda mais distante. Muitas das declarações denunciam, na minha opinião, claro protecionismo, de forma a favorecer lojas físicas (como a UZ Gamesm, cujo o dono é amigo pessoal de Moacyr). Além disso, estou pensando seriamente em editar meu post anterior, onde pedia para preencherem o censo gamer, e colocar um aviso sobre o assunto.

Outra coisa, achei que ficou meio grande, fiquei de colocar o “leia mais” em algum ponto. Se necessário mais tarde eu edito o post (ou, se alguém quiser, pode editar). Apesar que é um assunto importante, acho que merece chamar um pouco de atenção. Outra coisa que queria comentar é que talvez valha a pena colocar em algum lugar do site uma declaração de cada post reflete uma opinião pessoal e o grupo inteiro não se responsabiliza….

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Oi, Rafael!

Acho que ficou muito bom o post. É uma notícia muito relevante, então é bom que esteja tratada com cuidado aqui! Aliás, parabéns pelo trabalho de recolher informações e links, ficou bem completo mesmo.

É difícil manter a neutralidade diante de algo assim. Acho que é necessário mesmo um disclaimer como esse que você falou, no mínimo em relação aos comentários.

Minha opinião pessoal é parecida com a sua. Não acompanhava de perto as iniciativas do Moacyr mas, embora não o considerasse um “herói”, muito menos tinha algo contra ele. Considero surpreendente a face que ele mostrou com essas declarações. Não me parece um exagero falar que a posição política em que ele se encontra agora é um verdadeiro infortúnio para os jogadores brasileiros, quando devia ser bem diferente…

Tem muita gente que acreditava muito no trabalho dele. Imagino que agora sintam no mínimo um certo gosto de traição.


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Valeu pelo comentário Samuel! Qualquer nova informação sobre esse tipo de coisa eu vou postando por aqui.


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This іs a very good tip еѕpecially to those new tο thе blogosρhere.

Shoгt but very acсuratе info
Thanks for sharing this

οne. A muѕt reaԁ artiсle!


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